ter de ser portador de tornozeleira eletrônica de bolso para obter serviços públicos e privados já é evidência pra mim de que estão nos tratando como prisioneiros, no máximo em liberdade condicional. ao contrário dos antigos computadores, projetados para obedecer aos usuários, as plataformas móveis têm sido construídas para servir não aos usuários, mas a terceiros, cumprindo funções semelhantes às das teletelas orwellianas. não há perspectiva de liberdade nessas plataformas, precisamos abandoná-las, construir nossas próprias, e demandar que governos e prestadores de serviços ofereçam compatibilidade com elas. é uma tarefa monumental que vai demandar muitíssima organização coletiva. a aceitação passiva ou o progressivo sacrifício na busca por meios termos cada vez menos razoáveis não têm sido caminhos favoráveis.